
Quando morrer
Deambularei num sonho acordado,
Alimentando-me de teu fugaz sorrir.
Esperarei não mais despertar
Ainda que adormecer seja tormento,
Ainda que simulado seja o sentir.
Quando morrer
Morri dentro de ti.
Morri nas desculpas aborrecidas,
E nas noites de aproximações desaparecidas,
Impregnei de negras culpas,
Este ar que não mais respiras.
O que foste, o que és?
Da minha vez que nunca acudiu
Uma promessa quebrada,
De um doce apelo temperada,
Despojaste de sentido aquela utópica realidade.
Quando morrer
Morrerei dentro de ti.
Desilude-me a cor dos olhos, peço-te
Uma vez mais...
Adormece-me…
Permite-me divagar naqueles desbotados lençóis
Que tingiste com esse aroma sem cheiro
E abandona-me uma vez mais...
E mais...
E mais...
e...
Não morri...
Nunca dentro de ti...
2 comentários:
"Não morri.../Nunca dentro de ti..."
*,)
simplesmente sublime..
não tenho forma de descrever o que acabei de ler sem parecer que estou a ser injusto para com os "autores" todo esse fogo que emana de um interior aparente mente gelido e sem vida, é fabuloso! estás em equilibrio
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